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Considera “inaceitável” proliferação de plantas invasoras aquaticas no Tejo

Numa pergunta dirigida ao ministro do Ambiente e da Ação Climática os deputados Maria Manuel Rola, José Maria Cardoso, Fabíola Cardoso e Nelson Peralta referem que uma “mancha densa de Azolla” cobriu por dezenas de quilómetros a superfície do rio Tejo e seus afluentes no Parque Natural do Tejo Internacional, junto à albufeira de Cedillo, situada na fronteira entre Portugal e a Comunidade Autónoma da Extremadura (Espanha).

Os deputados sublinham que a qualidade da água, bem como as comunidades aquáticas e ripícolas de rios e ribeiras, “pode ser seriamente afetada por manchas de plantas exóticas e invasoras como as de Azolla”, que cobre a superfície das massas de água e impede a entrada de luz solar e esgota o oxigénio, “tornando a água anóxica e inóspita para os organismos aquáticos”.

“O Bloco de Esquerda considera inaceitável que fenómenos de proliferação descontrolada de plantas exóticas invasoras ocorram com cada vez mais regularidade e intensidade no rio Tejo e seus afluentes, pondo em risco tanto a qualidade da água que abastece as populações, como os ecossistemas e os valores ecológicos do Parque Natural do Tejo Internacional”, sustentam.

Neste âmbito, os bloquistas perguntam se o Governo tem conhecimento da proliferação descontrolada da planta aquática exótica invasora Azolla no rio Tejo e seus afluentes em Castelo Branco e se conseguiu identificar a origem deste fenómeno.

“Está o Governo em condições de disponibilizar informação e dados dos parâmetros da qualidade da água antes e após a proliferação de Azolla no rio Tejo e seus afluentes”, questionam.

Os deputados querem saber se o Governo tem articulado com as autoridades do Estado espanhol um regime de caudais regulares que garantam as necessidades ecológicos e a boa qualidade da água do rio Tejo e seus afluentes e que medidas prevê adotar para evitar situações como esta no futuro.

“Que papel desempenha a irregularidade dos caudais do rio Tejo e seus efluentes na ocorrência cada vez mais frequente e intensa de manchas de Azolla” e “qual é o estado ecológica das comunidades aquáticas e ripícolas do rio Tejo e seus afluentes, junto à albufeira de Cedillo”, pergunta o BE.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) revelou na terça-feira que efetuou recolhas de amostras da planta aquática que surgiu no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes Ponsul e Aravil, e admitiu a sua remoção mecânica.

“Estas ocorrências são recorrentes nestas massas de água, dado que os esporos podem permanecer de uns anos para os outros, sendo embora temporários, pelo que tenderão a desaparecer”, explicou então, em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A associação ambientalista Quercus denunciou, também na terça-feira, a presença anormal de uma quantidade massiva de plantas aquáticas invasoras numa extensão de vários quilómetros no troço internacional do rio Tejo e nos seus afluentes, rios Ponsul e Aravil.

Foto: Arquivo EFE/J.J. Guillén

 


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