Archivo EFE/ Diana Marcela Tinjacá

Cientistas detectam espécies de mosquitos invasores na Antártica

Madri,  (EFE) .- Um grupo de pesquisadores espanhóis detectou na Antártida diferentes espécies de mosquitos que, graças ao aquecimento global e à atividade humana, conseguiram se adaptar e sobreviver no continente congelado.

E, embora as condições extremas e o alto grau de isolamento da Antártica constituam fortes barreiras à chegada de novos organismos, o constante aumento das temperaturas e a presença humana na região estão permitindo a chegada de novas espécies invasoras.

Entre eles está o “Eretmoptera murphyi”, um “mosquito sem asas” que atualmente atinge densidades de mais de centenas de milhares por metro quadrado na ilha antártica de Signy, segundo um estudo realizado por espanhóis e publicado no Journal of Biogeography.

O invasor, descrito no estudo como “uma máquina de transformação média”, vem se adaptando ao ambiente antártico há cerca de 60 anos para colonizá-lo progressivamente e seu número cresce ano após ano, de acordo com o estudo.

Embora se possa pensar que, devido ao seu tamanho reduzido, tenha pouco impacto no ecossistema antártico, a verdade é que precisamente esse recurso dificulta sua erradicação, portanto as medidas atuais de proteção ambiental limitam-se a impedir sua expansão.

Nessas tarefas, um grupo multidisciplinar de pesquisadores espanhóis do Museu Nacional de Ciências Naturais MNCN-CSIC, da Universidade Complutense de Madri e do rei Juan Carlos, além de colaboradores ingleses e australianos, está imerso.

“O estudo da organofisiologia do organismo nos permite fazer modelos preditivos de sua possível expansão geográfica, a fim de estabelecer medidas de quarentena e prever futuros processos de invasão”, explicam os pesquisadores em uma nota.

As consequências dos efeitos das mudanças climáticas são muito mais fáceis para essas espécies invasoras não nativas prejudicarem a vida nativa de áreas como a Antártica.

Na próxima campanha antártica, os cientistas espanhóis viajarão à Ilha King George para estudar, em colaboração com o programa polar uruguaio, a presença recente de outro mosquito invasor, “Trichocera maculipennis”, que também ameaça ecossistemas terrestres. EFE
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Foto: Archivo EFE/ Diana Marcela Tinjacá

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Espécies exóticas invasoras de água doce e sistemas estuarinos: sensibilização e prevenção na Península Ibérica

Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.

Life Invasaqua é coordenado pela Universidade de Múrcia com a participação de 8 parceiros:: EFEverde da Agencia EFE,  UICN-Med,  Museo de Ciencias Naturales-Centro Superior de Investigaciones Científicas,  Sociedad Ibérica de Ictiología (SIBIC),  Universidad de Navarra,  Universidad de Santiago de Compostela,  Universidad de Évora e Associaçao Portuguesa de Educaçao Ambiental (ASPEA)

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