Remover barragens e o controlo de espécies invasoras são prioridades para evitar fim de rios e lagos

Publicado na revista BioScience, o “Plano de Recuperação de Emergência” tem como autor principal Dave Tickner, conselheiro chefe em água da organização ambientalista World Wide Fund For Nature (WWF).

O controlo de espécies invasoras

O plano, de seis pontos, inclui, além de deixar correr os rios sem intervenção humana, a redução da poluição difusa causada pela agricultura intensiva, a proteção de habitats críticos de zonas húmidas, o controlo de espécies invasoras e a aposta na reutilização e uso eficiente de água.

O autor do artigo pede que se tomem medidas urgentes para enfrentar as ameaças que levaram a um colapso de 83% nas populações de espécies de água doce e à perda de 30% dos ecossistemas de água doce desde 1970.

“Em nenhum outro sítio a crise da biodiversidade é mais aguda do que nos rios, lagos e zonas húmidas de todo o mundo — com mais de um quarto das espécies de água doce a caminharem para a extinção. O Plano de Recuperação de Emergência pode travar este declínio que já dura décadas e restaurar a vida dos ecossistemas de água doce, que sustentam a nossa sociedade e economias”, disse Dave Tickner.

Outro dos autores do estudo, James Dalton, do Programa Global de Água da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), acrescentou: “Todas as soluções no Plano de Recuperação de Emergência foram testadas: elas são realistas, pragmáticas e funcionam”. E avisou que se priorize a biodiversidade da água doce “antes que seja demasiado tarde”.

Ângela Morgado, diretora-executiva da Associação Natureza Portugal (ANP), parceira da WWF, disse, citada num comunicado da organização, que a presente década vai ser “crítica para a biodiversidade da água doce” e que todos os países se devem dar prioridade à conservação e restauro da água doce.

fp/zo

 


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Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.

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