
O que os cidadãos podem fazer em relação a espécies exóticas invasoras?
13 de Fevereiro de 2020.
O papel dos cidadãos na luta contra o avanço das espécies exóticas invasoras (IAS) é através da educação, formação e sensibilização, e este é o objectivo da exposição “Cuidado! Exposição de Espécies Invasoras Aquáticas”, que está a decorrer no Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN) até 29 de Março, no âmbito do projecto Life Invasaqua.
Espanha tem um Decreto Real sobre Espécies Invasoras, aprovado em 2 de Agosto de 2013, que inclui todas aquelas espécies e subespécies exóticas invasoras que representam uma ameaça para as espécies nativas, habitats, ecossistemas e património natural.
No entanto, a exposição conta com 25 painéis informativos detalhando as características significativas de cada espécie invasiva, seu grau de ameaça à fauna e/ou flora nativa e seu impacto econômico, social e sanitário, além de conselhos à população sobre como combater sua propagação.
As invasões biológicas são uma ameaça seria para a preservação da biodiversidade. Você pode participar na lutar de forma eficaz!
O que podemos fazer?
– Na compra de animais de estimação…
- Escolha ou adote o seu animal de estimação com responsabilidade. Não adquira espécies exóticas como animais de estimação.
- Nunca liberte o seu animal de estimação na natureza. Se você não conseguir manter o seu animal de estimação, entregue-o num serviço recolha de animais.
- No caso de comprar animais exóticos … exija os certificados de importação legais e sanitários.
–No jardim ou charco…
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Só compre plantas e misturas de sementes com informação sobre a sua origem e composição.
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Plante preferencialmente espécies autóctones. Precisam de menos rega e dão abrigo e alimento à fauna local.
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Nunca deite plantas exóticas ornamentais de aquariofilia (ou fragmentos) aos cursos de água ou pelos esgotos.
–No meio natural…
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Caso encontre alguma espécie que ache possa ser invasora, tire uma foto e avise às autoridades locais. A atuação precoce é fundamental. Ligue ao Serviço de Proteção da Natureza (SEPRONA em Espanha ou o SEPNA em Portugal), a agentes florestais ou à polícia local.
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Não liberte no rio espécies exóticas porque achar que assim haverá mais vida. Pelo contrário, só causará danos às espécies nativas do ecossistema. Além disto, é delito.
–Numa viagem…
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À entrada e saída dum país, não transporte animais, plantas ou sementes sem as declarar. Respeite a normas das alfândegas.
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Limpe as solas das suas botas e restante equipamento antes de iniciar uma caminhada numa área nova.
–Pescando…
- Desinfete com água clorada e lixívia o equipamento de pesca.
- Caso pesque uma espécie exótica, não a devolva ao meio.
- Tente ser muito cuidadoso com o isco vivo, não se deve soltar o sobrante nem tirar a embalagem. Para isso, utilize sacos de plástico e coloque-as no contentor de lixo.
- Se for pescador, deve conhecer, respeitar e cumprir a lei em vigor.
–No uso da água…
- Usar filtros nas tomadas de água que impeçam a passagem de espécies.
- Desinfetar antes os tanques para o transporte de água.
-Na navegação…
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É obrigatório o cumprimento dos “Protocolos de desinfeção de embarcações e equipamentos” aprovados pelas Confederações Hidrográficas.
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Vai necessitar de autorizações e seguir as normas de navegação e limpeza de embarcações em barragens e rios.
- Informe-se e implique-se, conhecendo a normativa e cumprindo com a legislação.
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O conteúdo deste documento reflete unicamente as opiniões dos
seus autores e a União Europeia/EASME não é responsável pelo uso que
se possa fazer da informação aqui contida.
About LIFE17 GIE/ES/000515 Life Invasaqua of the EU.
Espécies exóticas invasoras de água doce e sistemas estuarinos: sensibilização e prevenção na Península Ibérica
Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.
Life Invasaqua é coordenado pela Universidade de Múrcia com a participação de 8 parceiros:: EFEverde da Agencia EFE, UICN-Med, Museo de Ciencias Naturales-Centro Superior de Investigaciones Científicas, Sociedad Ibérica de Ictiología (SIBIC), Universidad de Navarra, Universidad de Santiago de Compostela, Universidad de Évora e Associaçao Portuguesa de Educaçao Ambiental (ASPEA)