
Projeto da CIM de Coimbra permitiu conservar plantas aquáticas ameaçadas de extinção
Um projeto desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra permitiu, no último ano, conservar espécies de plantas aquáticas ameaçadas e em declínio nos municípios de Cantanhede, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho e Soure.
O projeto FloraReply, que hoje terminou oficialmente, incidiu no combate às plantas invasoras e à reintrodução de espécies endémicas, “que já estavam perdidas ou quase desaparecidas nos ecossistemas”, segundo o secretário-executivo da CIM Região de Coimbra.
“Os objetivos passaram pela proteção e conservação de espécies de espaços naturais, restauro ecológico de habitats, conservação da biodiversidade, conservação da flora ameaçada e valorização das espécies ameaçadas”, explicou aos jornalistas Jorge Brito, numa apresentação realizada na manhã de hoje, na nascente da Arrifana, em Condeixa-a-Nova.
Segundo o responsável, o projeto insere-se nas ações de complementaridade ao Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas, que está a ser executado desde 2017 na CIM Região de Coimbra.
Com o FloraReply, financiado pelo Fundo Ambiental e executado em parceira com a Escola Superior Agrária de Coimbra, foi possível manter espécies como os nenúfares branco e amarelo, os saca-rolhas, estaque do baixo Mondego e lisimáquia-branca, que estavam em risco de extinção.
“Foram efetuadas cinco ações de restauro ecológico, cinco ações de conservação no local, uma colocação de barreiras artificias para proteção dos nenúfares, seis ações de conservação fora do local de origem, cinco mesas de interpretação ambiental e a realização de webinares de boas práticas”, disse Jorge Brito.
Um projeto para afastar as invasoras
O secretário-executivo da CIM Região de Coimbra anunciou ainda que foi apresentado ao Fundo Ambiental o projeto Flora Cultura, que “cruza as boas práticas do programa ClimAgir (em vigor) e o do FloraReply, que tem como objetivo a criação de um espaço para a dinamização de atividades de educação ambiental”, através da criação de viveiros e espaços agrícolas.
O vice-presidente da CIM Região de Coimbra, José Brito, salientou que o balanço do FloraReply “é claramente positivo, em que se pode verificar nos locais intervencionados o antes e o depois, com melhorias substanciais na qualidade da água”.
“Este foi um projeto para afastar as invasoras e tentar o ressurgimento das plantas autóctones, que são importantes para a manutenção da qualidade da água e permitem aumentar a resiliência da região às alterações climáticas”, frisou.
AMV
Foto: Arquivo EFE
PT/ GUIA DAS ESPÉCIES EXÓTICAS E INVASORAS DOS RIOS, LAGOS E ESTUÁRIOS DA PENÍNSULA IBÉRICA
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Espécies exóticas invasoras de água doce e sistemas estuarinos: sensibilização e prevenção na Península Ibérica
Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.
Life Invasaqua é coordenado pela Universidade de Múrcia com a participação de 8 parceiros:: EFEverde da Agencia EFE, UICN-Med, Museo de Ciencias Naturales-Centro Superior de Investigaciones Científicas, Sociedad Ibérica de Ictiología (SIBIC), Universidad de Navarra, Universidad de Santiago de Compostela, Universidad de Évora e Associaçao Portuguesa de Educaçao Ambiental (ASPEA)