
Montalegre reduziu ninhos de vespa asiática em 97%
“A presença da vespa velutina diminuiu consideravelmente em todo o território do concelho de Montalegre, confirmado com a reduzida ou nula predação sobre os apiários. Com isso, não só os apicultores ficam bastante contentes como todo o ecossistema do Alto Barroso fica mais rico”, afirmou José Luís Tavares, coordenador do plano municipal de combate àquela espécie invasora.
Desde 2019 que a autarquia do distrito de Vila Real espalha por todo o seu território uma rede de armadilhas para a vespa asiática. A rede preparada para 2021 já está no terreno e visa a “captura das vespas fundadoras (futuras rainhas) procurando, desta forma, interromper precocemente o seu ciclo de vida”.
A rede de armadilhas só funciona até ao final de maio, porque é o período em que as vespas fundadoras saem da hibernação e quantas mais forem apanhadas menos ninhos haverá.
“Com a identificação de apenas um ninho de vespa velutina, durante o ano de 2020, o concelho de Montalegre consegue, em dois anos, uma redução de 97% de ninhos desta espécie invasora e predadora da abelha melífera”, salientou a câmara.
O município referiu que, em 2018, foram identificados 40 ninhos. Em 2019, e já como consequência da implementação do plano, foram identificados e retirados nove ninhos.
“Estes excelentes resultados, que superaram as melhores expectativas iniciais, são fruto de um planeamento metódico e um trabalho persistente, encarado com seriedade pelo município de Montalegre”, referiu José Luís Tavares.
O projeto disponibiliza ainda um mapa interativo, com atualizações periódicas a cada monitorização, com os dados das capturas realizadas, para que qualquer pessoa possa acompanhar o desenvolvimento desta campanha.
O plano municipal inclui outras medidas como ações de sensibilização e esclarecimento da população local para o problema e para a identificação dos ninhos, bem como a retirada de todos os ninhos.
A presença da vespa asiática foi confirmada no distrito de Vila Real em 2015, tendo sido detetada, pela primeira vez, no concelho de Ribeira de Pena.
A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.
Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.
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PT/ GUIA DAS ESPÉCIES EXÓTICAS E INVASORAS DOS RIOS, LAGOS E ESTUÁRIOS DA PENÍNSULA IBÉRICA
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Espécies exóticas invasoras de água doce e sistemas estuarinos: sensibilização e prevenção na Península Ibérica
Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.
Life Invasaqua é coordenado pela Universidade de Múrcia com a participação de 8 parceiros:: EFEverde da Agencia EFE, UICN-Med, Museo de Ciencias Naturales-Centro Superior de Investigaciones Científicas, Sociedad Ibérica de Ictiología (SIBIC), Universidad de Navarra, Universidad de Santiago de Compostela, Universidad de Évora e Associaçao Portuguesa de Educaçao Ambiental (ASPEA)