Bruxelas disponibiliza 11,9 ME para apoiar adaptação às alterações climáticas nos Açores e “redução da densidade de flora invasora”

Foto: EFE/EPA/EDUARDO COSTA

Bruxelas disponibiliza 11,9 ME para apoiar adaptação às alterações climáticas nos Açores. “O projeto irá abordar vulnerabilidades específicas da transição climática que afetam a região, com um foco nos setores mais em risco e utilizando abordagens baseadas em ecossistemas quando relevantes”, refere o executivo comunitário. Entre os resultados ambicionados para o final do projetoa Comissão prevê que tenha havido uma “redução e densidade de flora invasora”

Frisando que “as alterações climáticas são um grande problema nas nove ilhas dos Açores”, as medidas previstas por este projeto incluem “ajudar a transição para a mobilidade neutra em carbono”, mas também “chamar a atenção da sociedade sobre os grandes desafios criados pelas alterações climáticas, contribuindo para uma maior governação climática e ação dos indivíduos e das organizações”.

“A equipa irá motivar as comunidades locais a envolverem-se no desenvolvimento de roteiros para a adaptação às alterações climáticas. A Direção Regional do Ambiente também irá promover medidas de adaptação e de mitigação em outras áreas políticas, como a energia, florestação e turismo, para aumentar a resiliência climática”.

Flora invasora

Entre os resultados ambicionados para o final do projeto – que durará até dezembro de 2030 – a Comissão prevê que tenha havido uma “redução e densidade de flora invasora”, a criação de “corredores ecológicos” e a “integração de metas de adaptação em políticas setoriais”.

O financiamento do projeto açoriano enquadra-se numa estratégia mais ampla divulgada hoje pela Comissão Europeia, que prevê verbas perfazendo um total de 121 milhões a projetos do mesmo tipo na Bélgica, Alemanha, Irlanda, França, Hungria, Itália, Letónia, Holanda, Polónia e Eslováquia, além de Portugal.

Além do projeto de adaptação às alterações climáticas nos Açores, serão financiados projetos que vão da conservação da natureza à gestão dos resíduos de plástico, passando pela mitigação das alterações climáticas e pela melhoria da qualidade de água.

O objetivo, segundo o executivo, é ajudar estes países a “promover a recuperação verde” e a atingir as suas “metas climáticas”.

Em comunicado, o comissário para o Pacto Ecológico Europeu, Frans Timmermans, sublinha que estes projetos “apoiam ações concretas para proteger o ambiente, restaurar a natureza e apoiar a biodiversidade”.

“Com estes investimentos, podemos ajudar os países e as regiões a enfrentarem a crise climática e de biodiversidade, e construirmos um futuro justo e sustentável”, lê-se na nota de Timmermans.

Também o comissário para o Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevicius, mostrou-se “entusiasmado” em ver “como este novo investimento pode ajudar a economia verde, trazer de volta a natureza e a biodiversidade e aumentar a resiliência face às alterações climáticas nestes 11 países”.

Os fundos hoje anunciados são acionados através do Programa LIFE, o instrumento de financiamento da UE para financiar a ação climática, que, durante o Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020, teve um orçamento total de 3,4 mil milhões de euros.

Ainda pendente da aprovação pelo Conselho da UE e pelo Parlamento Europeu, o acordo de princípio encontrado pelos negociadores de ambas as instituições prevê que, para o período de 2021-2027, o mesmo programa tenha um total de 5,4 mil milhões de euros, um aumento de 60% relativamente às verbas alocadas entre 2014 e 2020

 

PT/ GUIA DAS ESPÉCIES EXÓTICAS E INVASORAS DOS RIOS, LAGOS E ESTUÁRIOS DA PENÍNSULA IBÉRICA

 


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Espécies exóticas invasoras de água doce e sistemas estuarinos: sensibilização e prevenção na Península Ibérica

Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.

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