
Águeda renaturaliza ribeira emparedada em Valongo do Vouga
Aproveitando o Dia da Floresta Autóctone, foi feita a plantação de seis amieiros junto à Ribeira da Aguieira, que “está a ser alvo de uma intervenção profunda de reabilitação”.
Com a plantação dos amieiros, pretende-se “potenciar as árvores que são autóctones das zonas ribeirinhas” e que agora passam a ser cuidadas pela população local.
“Em vez de termos as mimosas, que têm vindo a destruir as nossas galerias ripícolas tradicionais, optámos pelas árvores e arbustos autóctones”, disse Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, do distrito de Aveiro.
A par do combate às espécies invasoras, o executivo municipal tem optado por plantar espécies genuínas, para assegurar a preservação dos ecossistemas.
“A Ribeira da Aguieira é um local onde havia um grave problema. Esta ribeira estava completamente emparedada, demasiado artificializada e tinha problemas de cheias”, explicou Jorge Almeida.
A intervenção ambiental visa a renaturalização da ribeira e, segundo o autarca, compreende também a reabilitação do Parque da Boiça, contíguo à ribeira.
“É o parque da união e da agregação de vontades, entre a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal e as populações, criando “um espaço maravilhoso que, em poucos meses, transfigurou-se completamente”, comenta o autarca.
Pedro Teiga, especialista em reabilitação de rios que tem orientado os trabalhos, explicou que a plantação de espécies autóctones ribeirinhas vai permitir criar “a galeria ribeirinha dentro de um parque de uma Junta de Freguesia, mas que vai representar o município e a região Centro em termos de valorização dos recursos hídricos”.
O presidente da Junta de Freguesia de Valongo do Vouga, Filipe Falcão, considera, por seu turno, o projeto “exemplar a todos os níveis, transformando, passo a passo, um grande problema em oportunidade”.
Águeda foi reconhecida recentemente como uma das 88 cidades em todo o mundo a liderarem ações ambientais, integrando a lista de cidades “Classe A” do organismo internacional CDP (Carbon Disclosure Project) e o município foi também reconhecido como um dos 100 melhores Destinos Mundiais Sustentáveis de 2020.
O município de Águeda tem em vigor o seu Plano de Adaptação às Alterações Climáticas, que inclui medidas como a rede de sensores ambientais já instalada, o Plano de Drenagem para a cidade de Águeda, as intervenções de reabilitação de rios e ribeiras, as ações de sensibilização e educação para a comunidade, entre outras medidas quer na área da adaptação quer mitigação das alterações climáticas.
MSO
ES / GUÍA “¡CUIDADO! INVASORAS ACUÁTICAS”
PT/ GUIA DAS ESPÉCIES EXÓTICAS E INVASORAS DOS RIOS, LAGOS E ESTUÁRIOS DA PENÍNSULA IBÉRICA
ENG/ GUIDE TO THE ALIEN AND INVASIVE SPECIES OF RIVERS, LAKES AND ESTUARIES IN THE IBERIAN PENÍNSULA
About LIFE17 GIE/ES/000515 Life Invasaqua of the EU.
Espécies exóticas invasoras de água doce e sistemas estuarinos: sensibilização e prevenção na Península Ibérica
Co-financiado pela UE no âmbito da iniciativa Life e coordenado pela Universidade de Múrcia, LIFE INVASAQUA visa contribuir para reduzir os impactos nocivos das ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASORAS (IEE) na biodiversidade, aumentando a sensibilização do público, aumentando a formação nos sectores envolvidos e criando ferramentas para um sistema eficaz de alerta rápido e resposta rápida (EWRRR) para gerir os seus impactos nos ecossistemas e estuários de água doce.
Life Invasaqua é coordenado pela Universidade de Múrcia com a participação de 8 parceiros:: EFEverde da Agencia EFE, UICN-Med, Museo de Ciencias Naturales-Centro Superior de Investigaciones Científicas, Sociedad Ibérica de Ictiología (SIBIC), Universidad de Navarra, Universidad de Santiago de Compostela, Universidad de Évora e Associaçao Portuguesa de Educaçao Ambiental (ASPEA)